sábado, 9 de janeiro de 2010

1984, de George Orwell


Antes de mais nada, antes que eu possa dizer qualquer coisa a respeito desse livro, tenho que dizer que é o melhor que eu já li. Na época em que foi escrito, 1984 era uma data longínqua, na qual qualquer coisa poderia acontecer. Eric Arthur Blair, George Orwell o escreveu pouco antes de morrer; o romance foi publicado em 1949 e naquele mesmo ano começou uma febre em relação ao volume - isso acabou por ingressá-lo precocemente no seleto panteão dos grandes clássicos modernos. E eu não poderia classificá-lo de outra maneira.
"1984" é com certeza o livro mais importante contra o totalitarismo, dentre todos. A história é de um civil comum de uma das três grandes potências mundiais, a Oceânia. Seu nome é Winston Smith, e ele vive em um cenário no qual é observado o tempo inteiro, através de um aparelho chamado teletela. É um aparelho que transmite e recebe ao mesmo tempo, o que permite que o Partido controle tudo que todos fazem.
O Partido é o grande governo da Oceânia, comandada por um líder que não existe realmente: o Grande Irmão. Uma curiosidade é que assim criou-se o programa Big Brother. Winston, acima de tudo, odeia o Grande Irmão e o socing, o socialismo inglês imposto pelo Partido. Essa raiva, porém, está apenas em sua mente. Qualquer pessoa que se oponha ao Partido é vaporizada. Simplesmente some de todos os registros e nunca mais reaparece.
O grande trunfo da trama é a criação da Novafala pelo autor. Mesmo traduzida para o português, ela apresenta elementos incríveis que eu jamais poderia ter imaginado, como o duplipensamento (esquecer de uma coisa e, em seguida, esquecer desse esquecimento) e quem sabe uma das coisas que mais me impressionou em todos os tempos: o pensamento-crime. Esta palavra resume tudo que é contra o Partido, incluindo nisso roubos, assassinatos, traições e muitas outras coisas. Sendo que a Novafala foi criada para diminuir o fluxo de pensamentos dos cidadãos, quando alguém pensasse em matar outra pessoa, por exemplo, não conseguiria apenas porque sua mente não conseguiria formular essa ideia. Matar não existiria. Existiria apenas "pensamento-crime".
Por esta genialidade e a grande visão política que o livro dá, vale dizer outra vez que é o melhor livro que eu já li e, de dez estrelas, ele merece onze.

3 comentários:

  1. Gostaria de conversar melhor sobre a sua postagem no meu blog.
    Se possivel me aceite no msn Criticaever@hotmail.com
    Gostaria de ver melhor sua opniao por este assunto que tbm naum concordo

    ;D

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